Em 1888, mais precisamente no dia 13 de maio, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, documento que devolvia aos escravos negros a liberdade que cruelmente lhes fora retirada.
Então, por que os negros não comemoram este dia?
Porque essa liberdade não passou de uma mera formalidade. Aos negros não foram dadas condições de sobrevivência, moradia, educação, dignidade. Foram substituídos por (mal) assalariados, os imigrantes europeus, que trabalhavam sob o mesmo sistema de escravidão, com a diferença de receberem por isso. Os escravos libertos ficaram sem rumo, sem pátria, marginalizados.
Mais de 120 anos depois, no Brasil ainda se clama por liberdade, a real liberdade de expressão, de direitos, de igualdade, de cidadania.
Digamos NÃO ao trabalho forçado, ao trabalho infantil, a escravidão política, econômica, religiosa e social, verdadeiras formas de escravidão.
Digamos NÃO aos abuso de poder dos "coronéis" dos dias de hoje, sentados em suas salas, ditando ordens, desfrutando dos lucros gerados pelo suor da exploração da mão- de- obra barata.
Digamos NÃO ao favorecimento descarado, ao protecionismo velado, à incompetência generalizada.
Que se façam valer os direitos humanos, os programas sociais, a valorização profissional, a igualdade de oportunidades, o respeito às diferenças, a dignidade humana.
A cidadania não pode ter cor, raça, credo, condição financeira. Deve ser direito de todos, não privilégio de poucos!
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| Trabalho escravo e exploração infantil . |
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| Trabalho escravo nas indústrias de cana-de-açúcar. |
Como explorar o tema em sala de aula
Algumas sugestões de trabalho:
*Leitura de telas que retratam a escravidão, seguida de releitura abordando a situação atual
*Pesquisas sobre a situação do negro no Brasil atual e apresentação sob forma de seminários
*Exibir cenas selecionadas do filme Amstad, de Spielberg, seguidas de comentários sobre as impressões das crianças de forma oral ou escrita
*Pesquisar notícias em jornal que retratem as mais diversas formas de escravidão do nosso século : violência, consumismo, fanatismo, trabalho forçado, etc.